sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O tempo...

O tempo… amigo de quem quer esquecer, inimigo de quem quer recordar. As memórias misturam-se, entrelaçam-se e não se distingue o que é real, do que é desejo. O desejo é de que estivesses aqui. Aqui ou em qualquer lugar que não seja aquele para o qual partiste. Contamos três anos hoje, com a triste constatação de que te recordamos, mas que aspectos de ti têm que ser falados para a memória os tirar de alguma prateleira já empoeirada… o esfregar das mãos… Sabemos onde te guardamos, mas o tempo mede-se em quilómetros nos arquivos da mente e já não é tão fácil apanhar-te por inteiro só com o esticar de um braço. Resta-nos a saudade, a memória do coração. 

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